Assinado por Richard Lewis, um artigo lançado esta terça-feira pela Dexerto dá conta de uma disputa entre o clube Ninjas in Pyjamas e jogadores. Segundo fontes da publicação, em causa estão os valores dos stickers relativos ao cancelado Major de 2020, que aconteceria no Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com as fontes da Dexerto, os valores em dívida para cada um dos jogadores poderão rondar os 200-300 mil dólares. A peça refere que Tim "nawwk" Jonasson é um dos nomes que poderá estar em vias de avançar com procedimentos legais, dado que o AWPer acredita que os contratos dão esse direito aos jogadores.

A Dexerto teve acesso à cláusula do contrato que está a gerar este caso. Por lá, pode ler-se que a equipa deve receber 16.67% do valores dos stickers de equipa, enquanto os jogadores devem receber 83.33%. Mais ainda, os atletas devem “alocar 2% [desse valor] para um fundo de marketing dedicado à equipa de CS:GO.” Já no caso dos stickers individuais, que não existiram nesse Major cancelado, o valor é de 100% para os jogadores.


Um dos grandes problemas deste caso é o facto de a NIP “não acreditar que esta cláusula a obriga a pagar aos jogadores”, conforme se pode ler na Dexerto. Aparentemente, o clube acredita que a intenção da Valve é que as organizações fiquem com todo o valor dos stickers do Rio como um “alívio financeiro” em resposta à pandemia de covid-19.

Como se não bastasse, a Dexerto teve ainda acesso a uma mensagem do COO Jonas "calc" Gundersen num grupo de jogadores da NIP. Nesse texto, calc reitera que o clube acredita que os stickers de 2020 foram feitos para manter a saúde financeira das organizações, embora admita que tem conhecimento de equipas que tratam isto de forma diferente, dando algum valor aos atletas. Nas palavras de calc, esta foi a decisão feita para que salários e o negócio se mantivessem intactos.

De recordar, esta não é a primeira vez que a NIP se vê envolvida num caso do género. Em 2019, como relembra a Dexerto, Robin “Fifflaren” Johansson falou publicamente sobre o facto de mais de 340 mil dólares em stickers estarem em dívida aos jogadores. Como resultado, o então CEO Per Lilliefelth saiu dessa posição no clube.

Não é de conhecimento público a distribuição monetária que os clubes fazem em casos como este. No entanto, a Dexerto refere que as organizações pagam “a totalidade ou uma parte considerável aos seus jogadores.”